terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Familiares de professor da Ufam aguardam novo boletim médico

De acordo com amigos da vítima, o professor se encontra sedado e se recuperando do procedimento cirúrgico para esvaziar um edema formado na cabeça, após o tiro.
Manaus - Familiares e amigos do médico psiquiatra e professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Manoel Dias Galvão, de 64 anos, aguardam pelo novo boletim médico do Pronto-Socorro Dr. João Lúcio, local onde Galvão foi submetido, na noite de sábado (11), a uma cirurgia de retirada do projétil que estava alojado em seu crânio.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Susam), o boletim, que trará as informações mais recentes sobre o estado de saúde do professor, após a intervenção cirúrgica pela qual passou, deve ser divulgado para a família até o fim da manhã desta segunda-feira (13).
De acordo com amigos da vítima, o professor se encontra sedado e se recuperando do procedimento cirúrgico para esvaziar um edema formado na cabeça, após o tiro. Não há, até o momento, ainda de acordo com amigos do médico, nenhum indicativo para evolução não satisfatório do quadro clínico do professor da Ufam.
Manoel Dias Galvão foi encontrado ferido dentro de seu carro por moradores do bairro do São Jorge com as mãos e a cabeça para fora do veículo. Ele foi baleado com um tiro na cabeça dentro do carro dele, na Rua Vicente Torres Reis, no bairro São Jorge, zona oeste de Manaus. De acordo com a polícia, testemunhas viram três adolescentes saírem do carro de Galvão, um Kia Cerato, placa NOY-8508. Um deles estava baleado no braço.

by: http://www.d24am.com/noticias/amazonas/familiares-de-professor-da-ufam-aguardam-novo-boletim-medico/12696

sábado, 11 de dezembro de 2010

A Temática do Bouquet




Dialetiza o estádio do espelho, no qual o sujeito adquire a idéia da totalidade do corpo, antecipando, pela via do olhar que vem do outro, o que ainda não se encontra formado. No esquema, ao invés de um visão fragmentada do vaso e do buquê de flores, tem-se então a imagem de um vaso com flores. Portanto, está justamente no que este olho olha a imagem de onde o sujeito apreenderá sua própria imagem.Assim, este olho que olha situa o sujeito no lugar do simbólico que, pela evocação do nome, possibilita ao infans surgir como eu.



Introduzindo novos elementos, Lacan utiliza um segundo esquema, apontando para o lugar do Outro. Insere, com o espelho plano, a via pela qual o sujeito pode realizar a ilusão de ver o que está posto no espelho. A imagem virtual se configura agora a partir da imagem real. O corpo real, que se faz refletir no espaço virtual, põe em cena o ideal que o sujeito irá perseguir em busca do reconhecimento. O vaso agora encontra-se dentro da caixa e em sua imagem totalizante; no espelho plano, as flores que bordejam a boca do vaso indicam os possíveis objetos pulsionais, objetos a.



Por fim, num terceiro esquema, Lacan demonstra a dimensão de engodo que a imagem encerra e põe em evidência a função estruturante da falta. Na boca do vaso já não se encontram mais as flores, mas sim o –φ, a falta, o que dialetiza o desejo.


Gostaria de concluir com um recorte de um poema do inglês John Milton, do “Paraíso Perdido, Livro IV”.
 
“... Ao debruçar-me sobre o lago, um vulto
Bem em frente a mim apareceu
Curvado para olhar-me. Recuei
E a imagem recuou, por sua vez.
Deleitada, porém, com o que avistara,
Novamente eu olhei. Também a imagem
Dentro das águas para mim olhou
Tão deleitada quanto eu, ao ver-me.
Fascinada, prendi na imagem os olhos
E, dominada por um vão desejo
Mais tempo ficaria, se uma voz
Não se fizesse ouvir, advertindo-me:
“És tu mesma que vês, linda criatura”.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O Vazio Iluminado por Dinara Machado Guimarães



"Este olhar que Dinara Machado lança ao cinema, via Lacan, é uma aventura dos limites: percorre a fronteira entre o que (não) pode ser dito e o que (não) pode ser mostrado, entre ofuscamento e silêncio, discurso e iluminação."
Rogério Luz – Artista plástico, professor da Escola de Comunicação da UFRJ.

"Um livro como este só pode ser bem-vindo. Dinara Machado soube ser original e ousada sem no entanto abandonar o rigor teórico, sempre indispensável, principalmente quando se trata de psicanálise."
Maria Anita C. R. Lima Silva – Psicanalista, Doutora Professora da PUC/RJ.

"Dinara Machado cria um caminho para a leitura do cinema através da psicanálise invertendo a atitude habitual de "psicanalisar" os temas da obra cinematográfica. Propõe, ao contrário, reconstruir o olhar criador, que se instaura como busca em abismo. Pela psicanálise lacaniana, percorre, no sobre-olhar proposto, a tra ma do olho-cinemática, Trata o cinema como significante único, irredutível, ato-significante.
Instância do fazer poético, o cinema é marcado como "vazio iluminado". Habita, no limite, o campo do indizível, para-além do não-dito.
Instalando-se no ponto de construção do olhar, Dinara descobre "outro olhar" que faz o cínema. Por esse raciocínio reelabora as tramas entre "sujeito" e linguagem-"objeto", sem o costumeiro reducionismo da obra à biografia do autor. Consegue cercar seu "objeto", o "vazio iluminado", tecendo as bordas do vazio que consiste na vertigem da aposta pessoal do cineasta. Aposta radical como anteparo do grande oco, da "clareira", nó da arte, ou a própria morte. (...)
O livro abre muitas possibilidades prospectivas, como a de configuração imaginá ria do olhar internalizada nos itinerários técnicos do cinema. Por isso é uma obra "seminal", semeia e aduba também para outras colheitas. Umbral de olhares e pensamentos.
Carlos E. Uchôa Fagundes Jr. – Artista plástico, Doutor em História da Arte pela USP.

"Este livro, agora em segunda edição, é obra que mescla o vigor da criatividade com o rigor da teoria. Obra pioneira – primeira a sair no Brasil propondo uma leitura psicanalítica do fenômeno cinematográfico –, Vazio iluminado é referência obrigatória para uma reflexão sobre esses campos."
Ari Roitman – Psicanalista e editor.

Dinara Gouveia Machado Guimarãe é psicanalista, Mestre e Doutora pela Escola de Comunicação da UFRJ.

Voz Na Luz por Dinara Machado Guimarães



Voz fora do corpo no cinema
Romildo do Rego Barros
“Depois de publicar há alguns anos O vazio iluminado, cujo tema era o olhar no cinema, Dinara Guimarães nos dá agora a conhecer Voz na luz, prosseguindo assim a sua pesquisa, situada por ela própria na interface cinema-psicanálise.
(...)
A interface, espaço escolhido pela autora para situar o livro e o seu próprio percurso de pesquisadora – sintetizado na fórmula “não escrever sobre cinema; à luz do cinema, sim” –, é uma montagem que visa a captar de alguma forma os restos e fragmentos de campos diferentes. Ou seja, é o lugar que um autor inventa ao se situar criativamente entre dois campos, juntando-os algumas vezes, separando-os outras. É o esforço de abrir uma passagem que não havia antes, de explorar uma outra já existente, ou de fechar uma terceira que se revela falsa, de tal maneira que outros possam percorrer o mesmo caminho, necessariamente reinventando-o.
(...)
Instalar-se por um tempo na interface cinema-psicanálise, como faz mais uma vez Dinara Guimarães neste livro, implica discutir, como psicanalista, com dezenas de artistas, teóricos e críticos de cinema, nomeados na bibliografia deste livro. Cada um deles trata à sua maneira da voz, e para isso é preciso que, ainda que não intencionalmente, tenham separado esse objeto do conjunto das funções e elementos que estão presentes em um filme.
(...)
Assim como se separa do corpo, a voz pode igualmente se isolar da fala e do sentido. No cinema, o exemplo talvez mais marcante é a passagem do cinema mudo – termo que, aliás, Dinara Guimarães recusa, preferindo-lhe “silencioso” – para o cinema falado, “o grande culpado da transformação”, como cantava Noel Rosa.
(...)
Separando-se do corpo que a recobria e a unia à fala, a voz pode retornar para o sujeito como acusação, perseguição ou imperativo superegóico, isto é, como uma injunção que não é sequer um enigma a ser interpretado, mas pode também se constituir como causa do desejo.
Este é sem dúvida um ponto em comum entre o cinema e a clínica psicanalítica: fazer com que a irrupção da voz para fora do sentido possa ser usada para mobilizar o desejo e não para esmagá-lo.”
Romildo do Rego Barros
 
DINARA GOUVEIA MACHADO GUIMARÃES é psicanalista, Mestre e Doutora pela Escola de Comunicação da UFRJ.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Depoimento sobre o Projeto Psicanálise e Sintoma

           
           
           O estudo do Sintoma na base Psicanalítica me levou a uma profunda reflexão sobre os rumos da Psiquiatria e da Psicologia Médica modernas. No tocante a eliminação do Sintoma a qualquer custo graças à intensa medicação, que muitas vezes é totalmente dispensável.
            Então, o Projeto Psicanálise e Sintoma visa aprofundar o enlace teórico-prático numa visão completa do indivíduo com  base na visão da palavra, numa perspectiva bem Lacaniana. O que vai de encontro às bases da Psiquiatria moderna.
            De modo que, a perspectiva da terapia em grupo junto à dimensão subjetiva da palavra, que é o contato analítico com o paciente, levou-me a elaborar diagnósticos estruturais completos. Saindo da visão organicista, que tem a objetividade como o centro de sua atenção que permitia, apenas, ver o doente a partir de um diagnóstico observacional e diferencial sem entender toda a subjetividade que está em torno de seu drama.
            Visando a construção de caso e sua discussão, e, assim, fui impelido a absorver  tudo quanto podia do real deixando de lado, um pouco, o Ato Médico e a realidade. Penetrando cada vez mais na base analítica do indivíduo. E me surpreendendo com a diversidade de formas e cores que há nesse real inesgotável. Imaginário e simbólico.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

04/12/2010 - Aviso: Discussão do Caso Roberto

Será uma aula fundamental para entedermos a diferença do autista para o psicótico. Será ministrada na 2.10 das 14:00 às 16:30 pelo eminente professor Dr. Galvão.
Na Faculdade de Medicina.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Discussão do Caso Dick

Quarta-feira das 10 às 12 da manhã na 2.10 FCM
Realização
CEP. HUGV
Coordenação de Ensino e Pesquisa
Contato: 3305 -4782
Investimentos
R$ 120,00 (ou R$ 20,00/aula): Estudante
R$ 240 (R 40,00 aula): Profissional
Emissão de Certificados com 75% de presença.
Informações
Marcelo Luna 82401089
Blog: psicanálise-na-cultura.blogspot.com
psicanalisesintoma.blogspot.com
Apoio
Fabiane Aguiar, Paulo Almeida, Cláudia Santos e Astrid Caminha

     Rua Lauro Calvacante, 250, Centro.
Fone: 3232 -1373

Manoel Dias Galvão
§ Professor de Psicologia  Médica e Psiquiatria da F.C.S;

§ Idealizador dos projetos “Psicanálise na cultura” a “A criança como desafio”;

§ Autor de livros: “Como funciona a Psicanálise” e “História da medicina na cidade de Manaus”;

§ Autor de vários artigos publicados em revistas da UFAM.


§ Dr. Galvão já realizou cerca de 100 cursos sobre a temática psicanalítica.


§ Realiza um programa semanal na TV UFAM.      

Programação
Aula 1: Abertura do Caso Dick
Aula 2: Discussão do Caso
Aula 3: Diagnóstico e Tratamento

Objetivos
Discussão sobre o Diagnóstico de Lacan e Melaine Klein
 Diagnóstico e Tratamento do Autismo
Bibliografia
LACAN, Jacques. Os escritos técnicos de Freud. Zahar Editor
JACQUES, Alain MILLER, Jacob. Perspectivas do Seminário 23 de Lacan: O sintoma. Zahir Editora

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Os Escritos Técnicos de Freud

 

Realização
CEP. HUGV
Coordenação de Ensino e Pesquisa
Contato: 3305 -4782
Investimentos
R$ 120,00 (ou R$ 20,00/aula): Estudante
R$ 240 (R 40,00 aula): Profissional
Emissão de Certificados com 75% de presença.
Informações
Marcelo Luna 82401089
Blog: psicanálise-na-cultura.blogspot.com
psicanalisesintoma.blogspot.com
Apoio
Fabiane Aguiar, Paulo Almeida, Cláudia Santos e Astrid Caminha

     Rua Lauro Calvacante, 250, Centro.
Fone: 3232 -1373

Manoel Dias Galvão
§ Professor de Psicologia  Médica e Psiquiatria da F.C.S;

§ Idealizador dos projetos “Psicanálise na cultura” a “A criança como desafio”;

§ Autor de livros: “Como funciona a Psicanálise” e “História da medicina na cidade de Manaus”;

§ Autor de vários artigos publicados em revistas da UFAM.


§ Dr. Galvão já realizou cerca de 100 cursos sobre a temática psicanalítica.


§ Realiza um programa semanal na TV UFAM.      

Frontispício
“Reflitam um instantinho sobre o real. É porque a palavra elefante existe na sua língua, e porque o elefante entra assim nas suas deliberações, que os homens puderam tomar em relação aos elefantes, antes mesmo de tocá-los, resoluções muito mais decisivas para esses paquidermes do que o que quer que lhes tenha acontecido na sua história – a travessia de um ri ou a esterilização natural de uma floresta. Só com uma palavra elefante e a maneira pela qual os homens a usam, acontecem, aos elefantes, coisas, favoráveis ou desfavoráveis, fastas ou nefastas – de qualquer maneira, catastróficas – antes mesmo que se tenha começado a levantar a direção a eles um arco ou um fuzil.” P.206 (LACAN,J.)


Programação
Parte II
1ͣ Aula: Sobre o Narcisismo
2ͣ Aula: A Báscula do Desejo
  Aula: O Núcleo do Recalque
4ͣ Aula: Os Impasses de Michaël Balint
5ͣ Aula: A Função Criativa da Palavra
6ͣ Aula: O Conceito de Análise

Objetivos
1. Reintroduzir o registro do sentido
2. Introduzir o problema do ego e da palavra
3. Expor o caso de Roberto para abrir questões
4. Introduzir a questão dos dois narcisismos
5. Enfatizar a maneira pela qual o plano simbólico se liga ao imaginário
6. Afirmar e justificar que não há os escritos técnicos de Freud
7. Rediscutir a fórmula de Freud: “Lá onde isso estava, o eu deve estar”
8. Criticar o uso do termo associação “livre”
12. Discutir o conceito de análise
13. Considerar a noção do sujeito
14. A Significação da Palavra
15. Refletir sobre o Real
Desenvolvimento
“Pensar é substituir aos elefantes a palavra elefante, e ao sol um círculo. Vocês se dão bem conta de que entre essa coisa que é fenomenologicamente o sol – centro do que ocorre no mundo das aparências, unidade da luz – e um círculo, há um abismo. E mesmo se o franquearmos, que progresso há sobre a inteligência animal? Nenhum.
 Porque o sol enquanto é designado por um círculo não vale nada. Só vale na medida em que esse circulo é colocado em relação com outras formalizações, que constituem, com ele, o todo simbólico no qual tem seu lugar, no centro do mundo, por exemplo, ou na periferia, pouco importa. O símbolo só vale se se organiza num mundo de símbolos.” P. 256 e 257 (LACAN,J.)
Bibliografia
AGOSTINHO, Santos. De magitro. Santo Agostinho. Editora Vozes.
HARARI, Roberto. Discorrer a psicanálise. Artes Médicas.
LACAN, Jacques. Os escritos técnicos de Freud. Zahar Editor
FREUD, Sigmund. Introdução ao Narcisismo. Imago Editora
FREUD, Sigmund. O homem dos lobos. Imago Editora.
FREUD, Sigmund. A Psicologia das Massas e a Análise do ego. Imago Editora.
DELEUZE, Gilles, GUATTARI, Félix. O Anti-édipo. 34 Editora.
JACQUES, Alain MILLER, Jacob. Perspectivas do Seminário 23 de Lacan: O sintoma. Zahir Editora.

domingo, 28 de novembro de 2010

Sonho

“O sonho é o guardião do sono” Sigmund Freud; E o sujeito sonha para não acordar.

O que é um sonho? Não é deitar, dormir e sonhar. Isso não é sonho. É acordar e narrar, contando para o psicanalista numa narrativa única. Ou seja, que se for contada outra vez será diferente, pois nunca é contada de maneira igual.
É uma ciência psicanalista que começou como sendo uma ciência onírica. Ruptura epistemológica freudiana. Todo sonho tem um conteúdo, para interpretá-lo a primeira coisa a se fazer é associar o sonho com a história do paciente (o que significa o abismo? A canoa?). Ex.: Não existe medo de avião, ele é um significante que substitui outro significante. Conteúdo manifesto: é o que aparece no sonho. Ex.: estrangular cão. Conteúdo latente: estrangular a cunhada.
Não é o sonho que se sonha que é importante e sim a narrativa do sonho. Não é o sonho exato que interessa. Exemplo, paciente sonha usando droga e se acorda sob o efeito dela.
A recordação do sonho é facilitada em momentos de não tensão, como nas férias, ou finais de semana. Os mais lembrados são os mais carregados, ou seja, os mais cheios de sentimentos. Exemplo: pesadelos. Esses são os mais fáceis de lembrar.
Sonho para psicanálise implica em disfarce, o inconsciente não se pode manifestar diretamente e o pensamento psíquico sempre precisa de um ocultamento. Para Freud o sonho é efeitos finais de processos mentais ocultos...

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Psicoses

Para falar das psicoses deve-se partir do pressuposto de que elas formam um grande grupo, composto pelas estruturas esquizofrênica, paranóica e melancólica. Embora cada uma dessas estruturas tenha a sua especificidade, o que a caracteriza como um grupo é a dificuldade de organização “objetal”, manifesta em graus diferentes. É importante fazer esta diferenciação porque em na sociedade atual ainda há a representação estereotipada do louco, como se todos eles fossem esquizofrênicos. A seguir é importante observar que a loucura existe em diferentes níveis de organização e mais, é possível notar, no cotidiano, pessoas de estruturas não psicóticas cometendo atos insanos.
Estrutura Esquizofrênica
A estrutura psicótica do tipo esquizofrênica corresponde a uma falência da organização narcísica primária nos primeiros instantes da vida, ocorrendo assim uma impossibilidade da criança separa-se da mãe. Nesta estruturação, há uma alienação do conteúdo, mas segundo Dr. Duboir o que a caracteriza essencialmente é a alienação do continente, ou seja, é o funcionamento mental que está alienado. A alienação do conteúdo é muito mais conseqüência da dificuldade de pensar do que origem da problemática.
Em todo ser humano há uma dimensão diferencial, denominada recorte sincrônico, que permite que dentre de varias imagens, permitindo distingui-las de maneira especifica. Na estrutura esquizofrênica, esta dimensão está comprometida. Contudo não é somente a percepção que está prejudicada, o esquizofrênico também possui dificuldade no campo semântico. Por exemplo, ele tem dificuldade de compreender se o exercito está na rua para ma marcha ou para uma guerra...

Relação de Objeto Psicótica Esquizofrênico
Antes de se discorrer sobre as relações objetais da estrutura esquizofrênica é preciso ressaltar que a esquizofrenia tem um componente orgânico, sobre o qual não se pode incidir toda a responsabilidade do desenvolvimento dessa estrutura psíquica, pois as relações que o sujeito estabelece na infância e adolescência são fundamentais para seu desenvolver estrutural. Por estes mesmos motivos, não cabe falar que a mãe fabrica o esquizofrênico, uma vez que há um componente orgânico e ao longo da infância o sujeito estabelece relações com outras pessoas que não a mãe. Cabe ainda ressaltar que a esquizofrenia não é uma doença, mas sim uma síndrome, ela é diferente de paciente para paciente. Dentro da própria esquizofrenia há formas mais organizadas e outras arcaicas, sendo o autismo esquizofrênico a mais arcaica possível.
Como já foi dito, a estrutura esquizofrênica corresponde a uma falência da organização primária narcísica, em outras palavras, ela decorre de uma não ultrapassagem do registro pré-objetal, o sujeito não consegui separar-se simbolicamente da mãe, do que decorre a dificuldade da personalização e ausência de desejos típicos dessa estrutura. O desejo nasce do sujeito, não há como manipulá-lo. Mas o que o esquizofrênico quer é não sentir falta do objeto. Por exemplo, um esquizofrênico poderia dizer: “Manaus é uma cidade perfeita”, de modo que para ele não falta nada. Ou seja, ele não consegue construir objeto que vai ser causa depois do desejo.
No que diz respeito a essa luta que o sujeito trava para se dispersar da busca objetal, pode-se dizer que o delírio paranóide é uma grande evolução, porque significa que ele está tentando é construir o mundo. Antigamente era muito comum encontrar o delírio místico, religioso. Hoje, como a religião está difundida em todo lugar, não há mais porque delirar sobre este tema. Isso mostra que o delírio trata-se de um processo de construção. Nele o sujeito constitui um objeto, mas um objeto não representado, alucinado, construído a partir de um externo, do que ele percebe. Assim, pode-se dizer que esta fase do delírio encontra-se intermediária entre os dois extremos – neurose e autismo, estando um pouco mais próxima da neurose.
Uma mãe super protetora, sempre presente, de maneira a não permitir a criança a alcançar o registro dos desejos, evita a hiância, um conceito Lacaniano, que significa o furo, a falta que fomenta o desejo. Essa mãe sempre presente pode ser vista como perseguição. O que é importante não é a presença, é o jugo presença-ausência, razão pela qual nos faz pensar que é ótimo as mães trabalharem...

Estrutura Paranóica
Dentro das estruturas psicóticas, a estrutura paranóica é a mais avançada, a mais próxima da normalidade, no sentido de que é a mais próxima da realidade. Pode-se dizer que a estrutura melancólica no ponto de vista do ego. O melancólico fora da melancolia vive uma vida normal sendo que o problema desta estrutura é que ela é capaz de regressões muito abaixo da estrutura paranóica. A estrutura paranóica é muito presente em nossa sociedade, o erro é essencialmente paranóico, a forma de aquisição do conhecimento humano é paranóico, podemos dizer que o mundo é um dos paranóicos. Grandes nomes da história foram paranóicos, como Jean Jaques Russeau e Salvador Dali.
Fazendo um paralelo com a estrutura esquizofrênica, podemos dizer que enquanto esta se encontra marcada por fixações pré-genitais, de dominância oral, a estrutura paranóica, por seu turno, corresponde especificamente a uma organização psicótica do ego fixada a uma economia pré-genital com preponderância anal, tocando mais particularmente o 1° substágio anal, que é o da retenção. Esta estrutura é caracterizada clinicamente pela superestimulação de si mesmo e desprezo pelos outros, sendo que o ego é organizado e não alienado, ou seja, é um ego topicamente erigido, capaz de um processo organizado e de um ato refletido. O paranóico tem um ego muito mais desenvolvido que do esquizofrênico. Contudo, para manter este ego funcionando, ele precisa de um objeto submetido a ele. O esquizofrênico tem aquela confusão com o objeto, o paranóico não, ele conseguiu isso, porém o outro será submetido, porque ele só vai garantir a manutenção do ego às expensas do outro.
Nesta estrutura, o ego é aparentemente constituído como existente, mas ele não pode admitir a existência objetal, a não ser quando o objeto lhe permite assumir a onipotência do seu controle sobre ele; essa é a condição essencial para a organização objetal do paranóico. A estrutura paranóica tem necessidade da adesão do objeto ao sistema, não podendo de sentir completo, a não ser desta maneira. Trata-se de fato de uma contrapartida narcisista evidente para o ego particularmente frágil.
Pessoas tidas como inteligentes, pessoas de estrutura paranóica se vêem como perfeitas. Com ótima qualificação profissional, costumam ver o objeto como lixo. O sujeito sente que é o centro do universo, o mundo gira em torno dele. É como se ele fosse o sol e os outros os astros que giram em torno dele. Ele sente-se o agente determinante e criador, de forma que o objeto é o instrumento, que não será jamais separo do seu criador, a não ser para lhe confirmar a impressão da sua onipotência, para lhe confirmar seu valor. Nesta fase do ego o objeto é considerado por si mesma, ele não é jamais senão instrumento. A existência do paranóico está voltada para a construção de um sujeito perfeito. Podemos dizer, por exemplo, que os reis de antigamente, o rei sol, os faraós tinham comportamentos paranóicos ao se sentirem o centro e quererem ser lembrados eternamente, governantes da atualidade também que saem carimbando o nome deles em todo lugar, mesmo em obras públicas...
Estrutura Melancólica
Antes de falarmos de melancolia, cabe uma ressalva, a depressão não é uma doença, mas sim um sintoma extremamente variável, de forma que há formas psicóticas da depressão, que é o caso da melancolia, que é uma psicose. Então, pode-se ter só melancolia, ou aquilo que se chamava de psicose maníaco-depressiva, na qual o sujeito tem a melancolia e tem momentos de mania, de elevação, que é o que se chama hoje de transtorno bipolar. Para Melaine Klein, maníaco-depressivo seria aquele que fracassa no trabalho do luto por haver conseguido na primeira infância estabelecer o vinculo afetivo com suficientes objetos bons internos, o que levaria a segurança interior, daí a sua fragilidade. Assim, ele faz separação, mas ele não construiu um ideal do ego que desse para suportar o impacto de viver essa separação e pode largar o objeto e sair procurando, superar essa perda do objeto. Esse entendimento é importante, pois todo problema da loucura é esse: o ser constitui-se como objeto, separar-se do objeto e suportar esse impacto. Assim, poderíamos sintetizar da seguinte forma: o esquizofrênico não quer nem sonhar em ter uma relação com o objeto, o paranóico quer controle e o drama do melancólico é dependência do objeto...

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sintoma no Transtorno da Depressão

                Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada! Sigmund Freud
Critérios para o episódio depressivo maior no DSM IV

A característica essencial de um episódio depressivo maior é um período mínimo de duas semanas, durante as quais há um humor deprimido ou perda de interesse ou prazer por quase todas as atividades. Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável ao invés de triste. O indivíduo também deve experimentar pelo menos quatro sintomas adicionais, extraídos de uma lista que inclui: alterações no apetite ou peso, sono e atividade psicomotora; diminuição da energia; sentimentos de desvalia ou culpa; dificuldades para pensar, concentrar-se ou tomar decisões, ou pensamentos recorrentes sobre morte ou ideação suicida, planos ou tentativas de suicídio.
            A fim de contabilizar para um episódio depressivo maior, a presença de um sintoma deve ser recente ou então ter claramente piorado, em comparação com o estado pré-episódico da pessoa. Os sintomas devem persistir na maior parte do dia, praticamente todos os dias, por pelo menos duas semanas consecutivas. O episódio deve ser acompanhado por sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, profissional ou outras áreas importantes da vida do indivíduo. Para alguns indivíduos com episódios mais leves, o funcionamento pode parecer normal, mas exige um esforço acentuadamente aumentado. O humor em um episódio depressivo maior freqüentemente é descrito pela pessoa como deprimido, triste, desesperançado, desencorajado ou "na fossa" (Critério A1). Em alguns casos, a tristeza pode ser inicialmente negada, mas subseqüentemente pode ser revelada pela entrevista (por ex., assinalando que o indivíduo parece prestes a chorar). Em alguns indivíduos que se queixam de se sentirem indiferentes ou ansiosos, a presença de um humor deprimido pode ser inferida a partir da expressão facial e do modo de portar-se. Alguns indivíduos salientam queixas somáticas (por ex., dores ou mazelas corporais) ao invés de sentimentos de tristeza.
            Muitos referem ou demonstram irritabilidade aumentada (por ex., raiva persistente, uma tendência para responder a eventos com ataques de ira ou culpando outros, ou um sentimento exagerado de frustração por questões menores). Em crianças e adolescentes, pode desenvolver-se um humor irritável ou rabugento, ao invés de um humor triste ou abatido. Esta apresentação deve ser diferenciada de um padrão de "criança mimada", que se irrita quando é frustrada.
A perda de interesse ou prazer quase sempre está presente, pelo menos em algum grau. Os indivíduos podem relatar menor interesse por passatempos, "não se importar mais", ou a falta de prazer com qualquer atividade anteriormente considerada agradável (Critério A2).
Os membros da família freqüentemente percebem retraimento social ou negligência de atividades agradáveis (por ex., um indivíduo que anteriormente era um ávido golfista deixa de jogar, uma criança que gostava de futebol encontra desculpas para não praticá-lo). Em alguns indivíduos, há uma redução significativa nos níveis anteriores de interesse ou desejo sexual.
            O apetite geralmente está reduzido, sendo que muitos indivíduos sentem que precisam se forçar a comer. Outros, particularmente aqueles encontrados em contextos ambulatoriais, podem ter diminuição do apetite ou demonstrar uma avidez por alimentos específicos (por ex., doces ou outros carboidratos). Quando as alterações no apetite são severas (em qualquer direção), pode haver uma perda ou ganho significativos de peso, ou, em crianças, pode-se notar um fracasso em fazer os ganhos de peso esperados. (Critério A3). A perturbação do sono mais comumente associada com um episódio depressivo maior é a insônia (Critério A4), tipicamente intermediária (isto é, despertar durante a noite, com dificuldade para voltar a dormir), ou terminal (isto é, despertar muito cedo, com incapacidade de conciliar o sono novamente).
            A insônia inicial (isto é, dificuldade para adormecer) também pode ocorrer. Com menor freqüência, os indivíduos apresentam sonolência excessiva (hipersonia), na forma de episódios prolongados de sono noturno ou de sono durante o dia. Ocasionalmente, a razão pela qual o indivíduo busca tratamento pode ser a perturbação do sono. As alterações psicomotoras incluem agitação (por ex., incapacidade de ficar sentado quieto, ficar andando sem parar, agitar as mãos, puxar ou esfregar a pele, roupas ou outros objetos) ou retardo psicomotor (por ex., discurso, pensamento ou movimentos corporais lentificados; maiores pausas antes de responder; fala diminuída em termos de volume, inflexão, quantidade ou variedade de conteúdos, ou mutismo) (Critério A5). A agitação ou retardo psicomotor devem ser suficientemente severos para serem observáveis por outros, não representando meros sentimentos subjetivos.
            Diminuição da energia, cansaço e fadiga são comuns (Critério A6). O indivíduo pode relatar fadiga persistente sem esforço físico, e mesmo as tarefas mais leves parecem exigir um esforço substancial. Pode haver diminuição na eficiência para realizar tarefas. O indivíduo pode queixar-se, por exemplo, de que se lavar e se vestir pela manhã é algo exaustivo e pode levar o dobro do tempo habitual. O sentimento de desvalia ou culpa associado com um episódio depressivo maior pode incluir avaliações negativas e irrealistas do próprio valor, preocupações cheias de culpa ou ruminações acerca de pequenos fracassos do passado (Critério 7). Esses indivíduos freqüentemente interpretam mal eventos triviais ou neutros do cotidiano como evidências de defeitos pessoais e têm um senso exagerado de responsabilidade pelas adversidades.
            Um corretor imobiliário, por exemplo, pode culpar-se pelo seu fracasso em fazer vendas, mesmo quando há um colapso geral no mercado e os outros corretores também não conseguem vender. O sentimento de desvalia ou culpa pode assumir proporções delirantes (por ex., convicção de ser pessoalmente responsável pela pobreza que há no mundo). A auto-recriminação por estar doente e por não conseguir cumprir com as responsabilidades profissionais ou interpessoais em conseqüência da depressão é muito comum e, a menos que seja delirante, não é considerada suficiente para satisfazer a este critério.
            Muitos indivíduos relatam prejuízo na capacidade de pensar, concentrar-se ou tomar decisões (Critério A8). Essas pessoas podem mostrar-se facilmente distraídas ou queixar-se de dificuldades de memória. Os indivíduos com atividades acadêmicas ou profissionais intelectualmente exigentes com freqüência são incapazes de funcionar adequadamente, mesmo quando têm problemas leves de concentração (por ex., um programador de computadores não consegue mais realizar as tarefas complicadas que anteriormente realizava com perfeição).
            Em crianças, uma queda abrupta no rendimento escolar pode refletir uma fraca concentração. Em indivíduos idosos com um episódio depressivo maior, as dificuldades de memória podem ser a queixa principal e ser confundidas com os sinais iniciais de uma demência ("pseudodemência"). Quando o episódio depressivo maior é tratado com sucesso, os problemas de memória freqüentemente apresentam recuperação completa. Em alguns indivíduos, entretanto, particularmente pessoas idosas, um episódio depressivo maior pode às vezes ser a apresentação inicial de uma demência irreversível. Freqüentemente, pode haver pensamentos sobre morte, ideação suicida ou tentativas de suicídio (Critério A9). Esses pensamentos variam desde uma crença de que seria melhor estar morto, até pensamentos transitórios porém recorrentes sobre cometer suicídio ou planos específicos para se matar. A freqüência, intensidade e letalidade desses pensamentos podem ser bastante variáveis...
           

sábado, 13 de novembro de 2010

A Linguagem

“O que se passa no homem repercute no corpo” Sigmund Freud

O maior problema ao longo da história se dá na separação do corpo e da alma. O que define o homem é a linguagem, a linguagem humana não possui paralelo no meio animal nem nas máquinas. Sendo de caráter essencial que cria entra a palavra e o objeto um vazio de modo que a palavra por si só não diz nada. Pois uma mesma palavra em contextos diferentes tem sentidos distintos.
Signo é a relação entre o significado e o significante. Que o Lacan inverteu isso. O que domina no inconsciente é o significante; que só produz significado quando se liga ao outro. Paciente que possui fobia a cavalo (só com essa informação não sabe o significante), pois pode haver um significado metafórico.
Uma palavra por si só não diz nada. No sentido dicionarizado não tem valor nenhum; e, também, não é a palavra com qual se lida. Por exemplo, uma criança com medo da bruxa. Essa bruxa pode ser a mãe da criança. O mesmo ocorre com o sintoma. Não é só produzido pela doença, não há nenhuma unívoca que uma o sintoma à doença.
As funções da linguagem segundo Jakobson:
Segundo o autor, a linguagem apresenta uma variedade de funções, mas, para que possamos compreender cada uma delas, devemos levar em conta os elementos constituídos de todo ato comunicação que estão abaixo arranjados.

                                   Contexto mensagem
Remetente                                                                              Destinatário
                                   Contato código

Devemos entender desse quadro que, para que haja comunicação, não basta que um remetente envie uma mensagem a um destinatário, pois, para que essa mensagem seja compreendida, é necessário que ela preencha algumas condições. Isso tem que ser compreendido para que a mensagem eficaz se realize.
a)      Um contexto apreensível pelo destinatário Está aqui diante de outro termo difícil definição. A noção de “contexto” remete ao próprio conteúdo referencial da mensagem, ou seja, às informações que fazem a realidade. Resumindo para que o destinatário possa compreender a mensagem, precisa conhecer um conjunto de informações que uni desde elementos relacionados ao momento da produção dessa mensagem até dados referentes ao conhecimento do assunto em pauta. A esse conjunto de conhecimento podemos chamar de contexto.
b)      Um código que seja conhecido por remetente e destinatário
c)      Um contato ou canal físico e uma conexão psicológica entre remetente e destinatário que permita a troca de informações

Com base nesses elementos constituídos do ato de comunicação, Jakobson, estipulou seis funções da linguagem, cada uma centrada de tais elementos:
1)      Função Referencial – Consiste na transmissão de informações do remetente ao destinatário. Em função está centrada no contexto já que reflete uma preocupação em transmitir conhecimento
2)      Função Emotiva – Consiste na exteriorização da emoção do remetente em relação àquilo que fala de modo que essa emoção transpareça ao nível da mensagem.
3)      Função Conativa – Consiste em influenciar o comportamento do destinatário. Essa função está centrada no destinatário, já que ele é o alvo das informações.
4)      Função Fálica – Consiste em iniciar, prolongar ou terminar um ato de comunicação. Está, portanto, centrada no canal. Já que não propriamente à comunicação, mas ao estabelecimento ou ao fim do contato, refletido também a preocupação de testar o contato.
5)      Função Metalingüística – Consiste em usar a linguagem para se referir à própria linguagem. Centrada no código essa função se justifica pelo fato de os humanos utilizarem a linguagem para se refletir não apenas à realidade biossocial, mas também aos aspectos relacionados ao código ou à linguagem utilizada para esse fim.
6)      Função Poética – Consiste na projeção do eixo de seleção sobre o eixo da combinação dos elementos lingüísticos. Centrada na mensagem.

Classes das Palavras
Capacidade das palavras em expressar nossas experiências de vida: designação: para simbolizar o mundo. E ordená-lo. Comunicar por meio de signos. Por exemplo, o esquizofrênico só usa substantivos gerais. O homem desmata a floresta. O substantivo serve para generalizar: planetas. Existem muitas diferenças entre si. O mais importante são os adjetivos servem para acompanhar e expressar qualidade.
A análise não se importa com as informações e, sim, como se fala. Numa função de simbolização. Formar o sujeito. Simbolizar o Universo e passá-lo através de signos. No esquizofrênico essa linguagem está desorganizada.
A predicação: procedimento de simbolizar numa declaração do sujeito, permitindo construir um saber sobre ele pelo verbo. Assim, a linguagem não é simplesmente um elo comunicativo. E sim, tem função de formar o indivíduo através de uma simbolização primordial.