sábado, 13 de novembro de 2010

A Linguagem

“O que se passa no homem repercute no corpo” Sigmund Freud

O maior problema ao longo da história se dá na separação do corpo e da alma. O que define o homem é a linguagem, a linguagem humana não possui paralelo no meio animal nem nas máquinas. Sendo de caráter essencial que cria entra a palavra e o objeto um vazio de modo que a palavra por si só não diz nada. Pois uma mesma palavra em contextos diferentes tem sentidos distintos.
Signo é a relação entre o significado e o significante. Que o Lacan inverteu isso. O que domina no inconsciente é o significante; que só produz significado quando se liga ao outro. Paciente que possui fobia a cavalo (só com essa informação não sabe o significante), pois pode haver um significado metafórico.
Uma palavra por si só não diz nada. No sentido dicionarizado não tem valor nenhum; e, também, não é a palavra com qual se lida. Por exemplo, uma criança com medo da bruxa. Essa bruxa pode ser a mãe da criança. O mesmo ocorre com o sintoma. Não é só produzido pela doença, não há nenhuma unívoca que uma o sintoma à doença.
As funções da linguagem segundo Jakobson:
Segundo o autor, a linguagem apresenta uma variedade de funções, mas, para que possamos compreender cada uma delas, devemos levar em conta os elementos constituídos de todo ato comunicação que estão abaixo arranjados.

                                   Contexto mensagem
Remetente                                                                              Destinatário
                                   Contato código

Devemos entender desse quadro que, para que haja comunicação, não basta que um remetente envie uma mensagem a um destinatário, pois, para que essa mensagem seja compreendida, é necessário que ela preencha algumas condições. Isso tem que ser compreendido para que a mensagem eficaz se realize.
a)      Um contexto apreensível pelo destinatário Está aqui diante de outro termo difícil definição. A noção de “contexto” remete ao próprio conteúdo referencial da mensagem, ou seja, às informações que fazem a realidade. Resumindo para que o destinatário possa compreender a mensagem, precisa conhecer um conjunto de informações que uni desde elementos relacionados ao momento da produção dessa mensagem até dados referentes ao conhecimento do assunto em pauta. A esse conjunto de conhecimento podemos chamar de contexto.
b)      Um código que seja conhecido por remetente e destinatário
c)      Um contato ou canal físico e uma conexão psicológica entre remetente e destinatário que permita a troca de informações

Com base nesses elementos constituídos do ato de comunicação, Jakobson, estipulou seis funções da linguagem, cada uma centrada de tais elementos:
1)      Função Referencial – Consiste na transmissão de informações do remetente ao destinatário. Em função está centrada no contexto já que reflete uma preocupação em transmitir conhecimento
2)      Função Emotiva – Consiste na exteriorização da emoção do remetente em relação àquilo que fala de modo que essa emoção transpareça ao nível da mensagem.
3)      Função Conativa – Consiste em influenciar o comportamento do destinatário. Essa função está centrada no destinatário, já que ele é o alvo das informações.
4)      Função Fálica – Consiste em iniciar, prolongar ou terminar um ato de comunicação. Está, portanto, centrada no canal. Já que não propriamente à comunicação, mas ao estabelecimento ou ao fim do contato, refletido também a preocupação de testar o contato.
5)      Função Metalingüística – Consiste em usar a linguagem para se referir à própria linguagem. Centrada no código essa função se justifica pelo fato de os humanos utilizarem a linguagem para se refletir não apenas à realidade biossocial, mas também aos aspectos relacionados ao código ou à linguagem utilizada para esse fim.
6)      Função Poética – Consiste na projeção do eixo de seleção sobre o eixo da combinação dos elementos lingüísticos. Centrada na mensagem.

Classes das Palavras
Capacidade das palavras em expressar nossas experiências de vida: designação: para simbolizar o mundo. E ordená-lo. Comunicar por meio de signos. Por exemplo, o esquizofrênico só usa substantivos gerais. O homem desmata a floresta. O substantivo serve para generalizar: planetas. Existem muitas diferenças entre si. O mais importante são os adjetivos servem para acompanhar e expressar qualidade.
A análise não se importa com as informações e, sim, como se fala. Numa função de simbolização. Formar o sujeito. Simbolizar o Universo e passá-lo através de signos. No esquizofrênico essa linguagem está desorganizada.
A predicação: procedimento de simbolizar numa declaração do sujeito, permitindo construir um saber sobre ele pelo verbo. Assim, a linguagem não é simplesmente um elo comunicativo. E sim, tem função de formar o indivíduo através de uma simbolização primordial.

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