terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Familiares de professor da Ufam aguardam novo boletim médico

De acordo com amigos da vítima, o professor se encontra sedado e se recuperando do procedimento cirúrgico para esvaziar um edema formado na cabeça, após o tiro.
Manaus - Familiares e amigos do médico psiquiatra e professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Manoel Dias Galvão, de 64 anos, aguardam pelo novo boletim médico do Pronto-Socorro Dr. João Lúcio, local onde Galvão foi submetido, na noite de sábado (11), a uma cirurgia de retirada do projétil que estava alojado em seu crânio.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Susam), o boletim, que trará as informações mais recentes sobre o estado de saúde do professor, após a intervenção cirúrgica pela qual passou, deve ser divulgado para a família até o fim da manhã desta segunda-feira (13).
De acordo com amigos da vítima, o professor se encontra sedado e se recuperando do procedimento cirúrgico para esvaziar um edema formado na cabeça, após o tiro. Não há, até o momento, ainda de acordo com amigos do médico, nenhum indicativo para evolução não satisfatório do quadro clínico do professor da Ufam.
Manoel Dias Galvão foi encontrado ferido dentro de seu carro por moradores do bairro do São Jorge com as mãos e a cabeça para fora do veículo. Ele foi baleado com um tiro na cabeça dentro do carro dele, na Rua Vicente Torres Reis, no bairro São Jorge, zona oeste de Manaus. De acordo com a polícia, testemunhas viram três adolescentes saírem do carro de Galvão, um Kia Cerato, placa NOY-8508. Um deles estava baleado no braço.

by: http://www.d24am.com/noticias/amazonas/familiares-de-professor-da-ufam-aguardam-novo-boletim-medico/12696

sábado, 11 de dezembro de 2010

A Temática do Bouquet




Dialetiza o estádio do espelho, no qual o sujeito adquire a idéia da totalidade do corpo, antecipando, pela via do olhar que vem do outro, o que ainda não se encontra formado. No esquema, ao invés de um visão fragmentada do vaso e do buquê de flores, tem-se então a imagem de um vaso com flores. Portanto, está justamente no que este olho olha a imagem de onde o sujeito apreenderá sua própria imagem.Assim, este olho que olha situa o sujeito no lugar do simbólico que, pela evocação do nome, possibilita ao infans surgir como eu.



Introduzindo novos elementos, Lacan utiliza um segundo esquema, apontando para o lugar do Outro. Insere, com o espelho plano, a via pela qual o sujeito pode realizar a ilusão de ver o que está posto no espelho. A imagem virtual se configura agora a partir da imagem real. O corpo real, que se faz refletir no espaço virtual, põe em cena o ideal que o sujeito irá perseguir em busca do reconhecimento. O vaso agora encontra-se dentro da caixa e em sua imagem totalizante; no espelho plano, as flores que bordejam a boca do vaso indicam os possíveis objetos pulsionais, objetos a.



Por fim, num terceiro esquema, Lacan demonstra a dimensão de engodo que a imagem encerra e põe em evidência a função estruturante da falta. Na boca do vaso já não se encontram mais as flores, mas sim o –φ, a falta, o que dialetiza o desejo.


Gostaria de concluir com um recorte de um poema do inglês John Milton, do “Paraíso Perdido, Livro IV”.
 
“... Ao debruçar-me sobre o lago, um vulto
Bem em frente a mim apareceu
Curvado para olhar-me. Recuei
E a imagem recuou, por sua vez.
Deleitada, porém, com o que avistara,
Novamente eu olhei. Também a imagem
Dentro das águas para mim olhou
Tão deleitada quanto eu, ao ver-me.
Fascinada, prendi na imagem os olhos
E, dominada por um vão desejo
Mais tempo ficaria, se uma voz
Não se fizesse ouvir, advertindo-me:
“És tu mesma que vês, linda criatura”.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O Vazio Iluminado por Dinara Machado Guimarães



"Este olhar que Dinara Machado lança ao cinema, via Lacan, é uma aventura dos limites: percorre a fronteira entre o que (não) pode ser dito e o que (não) pode ser mostrado, entre ofuscamento e silêncio, discurso e iluminação."
Rogério Luz – Artista plástico, professor da Escola de Comunicação da UFRJ.

"Um livro como este só pode ser bem-vindo. Dinara Machado soube ser original e ousada sem no entanto abandonar o rigor teórico, sempre indispensável, principalmente quando se trata de psicanálise."
Maria Anita C. R. Lima Silva – Psicanalista, Doutora Professora da PUC/RJ.

"Dinara Machado cria um caminho para a leitura do cinema através da psicanálise invertendo a atitude habitual de "psicanalisar" os temas da obra cinematográfica. Propõe, ao contrário, reconstruir o olhar criador, que se instaura como busca em abismo. Pela psicanálise lacaniana, percorre, no sobre-olhar proposto, a tra ma do olho-cinemática, Trata o cinema como significante único, irredutível, ato-significante.
Instância do fazer poético, o cinema é marcado como "vazio iluminado". Habita, no limite, o campo do indizível, para-além do não-dito.
Instalando-se no ponto de construção do olhar, Dinara descobre "outro olhar" que faz o cínema. Por esse raciocínio reelabora as tramas entre "sujeito" e linguagem-"objeto", sem o costumeiro reducionismo da obra à biografia do autor. Consegue cercar seu "objeto", o "vazio iluminado", tecendo as bordas do vazio que consiste na vertigem da aposta pessoal do cineasta. Aposta radical como anteparo do grande oco, da "clareira", nó da arte, ou a própria morte. (...)
O livro abre muitas possibilidades prospectivas, como a de configuração imaginá ria do olhar internalizada nos itinerários técnicos do cinema. Por isso é uma obra "seminal", semeia e aduba também para outras colheitas. Umbral de olhares e pensamentos.
Carlos E. Uchôa Fagundes Jr. – Artista plástico, Doutor em História da Arte pela USP.

"Este livro, agora em segunda edição, é obra que mescla o vigor da criatividade com o rigor da teoria. Obra pioneira – primeira a sair no Brasil propondo uma leitura psicanalítica do fenômeno cinematográfico –, Vazio iluminado é referência obrigatória para uma reflexão sobre esses campos."
Ari Roitman – Psicanalista e editor.

Dinara Gouveia Machado Guimarãe é psicanalista, Mestre e Doutora pela Escola de Comunicação da UFRJ.

Voz Na Luz por Dinara Machado Guimarães



Voz fora do corpo no cinema
Romildo do Rego Barros
“Depois de publicar há alguns anos O vazio iluminado, cujo tema era o olhar no cinema, Dinara Guimarães nos dá agora a conhecer Voz na luz, prosseguindo assim a sua pesquisa, situada por ela própria na interface cinema-psicanálise.
(...)
A interface, espaço escolhido pela autora para situar o livro e o seu próprio percurso de pesquisadora – sintetizado na fórmula “não escrever sobre cinema; à luz do cinema, sim” –, é uma montagem que visa a captar de alguma forma os restos e fragmentos de campos diferentes. Ou seja, é o lugar que um autor inventa ao se situar criativamente entre dois campos, juntando-os algumas vezes, separando-os outras. É o esforço de abrir uma passagem que não havia antes, de explorar uma outra já existente, ou de fechar uma terceira que se revela falsa, de tal maneira que outros possam percorrer o mesmo caminho, necessariamente reinventando-o.
(...)
Instalar-se por um tempo na interface cinema-psicanálise, como faz mais uma vez Dinara Guimarães neste livro, implica discutir, como psicanalista, com dezenas de artistas, teóricos e críticos de cinema, nomeados na bibliografia deste livro. Cada um deles trata à sua maneira da voz, e para isso é preciso que, ainda que não intencionalmente, tenham separado esse objeto do conjunto das funções e elementos que estão presentes em um filme.
(...)
Assim como se separa do corpo, a voz pode igualmente se isolar da fala e do sentido. No cinema, o exemplo talvez mais marcante é a passagem do cinema mudo – termo que, aliás, Dinara Guimarães recusa, preferindo-lhe “silencioso” – para o cinema falado, “o grande culpado da transformação”, como cantava Noel Rosa.
(...)
Separando-se do corpo que a recobria e a unia à fala, a voz pode retornar para o sujeito como acusação, perseguição ou imperativo superegóico, isto é, como uma injunção que não é sequer um enigma a ser interpretado, mas pode também se constituir como causa do desejo.
Este é sem dúvida um ponto em comum entre o cinema e a clínica psicanalítica: fazer com que a irrupção da voz para fora do sentido possa ser usada para mobilizar o desejo e não para esmagá-lo.”
Romildo do Rego Barros
 
DINARA GOUVEIA MACHADO GUIMARÃES é psicanalista, Mestre e Doutora pela Escola de Comunicação da UFRJ.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Depoimento sobre o Projeto Psicanálise e Sintoma

           
           
           O estudo do Sintoma na base Psicanalítica me levou a uma profunda reflexão sobre os rumos da Psiquiatria e da Psicologia Médica modernas. No tocante a eliminação do Sintoma a qualquer custo graças à intensa medicação, que muitas vezes é totalmente dispensável.
            Então, o Projeto Psicanálise e Sintoma visa aprofundar o enlace teórico-prático numa visão completa do indivíduo com  base na visão da palavra, numa perspectiva bem Lacaniana. O que vai de encontro às bases da Psiquiatria moderna.
            De modo que, a perspectiva da terapia em grupo junto à dimensão subjetiva da palavra, que é o contato analítico com o paciente, levou-me a elaborar diagnósticos estruturais completos. Saindo da visão organicista, que tem a objetividade como o centro de sua atenção que permitia, apenas, ver o doente a partir de um diagnóstico observacional e diferencial sem entender toda a subjetividade que está em torno de seu drama.
            Visando a construção de caso e sua discussão, e, assim, fui impelido a absorver  tudo quanto podia do real deixando de lado, um pouco, o Ato Médico e a realidade. Penetrando cada vez mais na base analítica do indivíduo. E me surpreendendo com a diversidade de formas e cores que há nesse real inesgotável. Imaginário e simbólico.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

04/12/2010 - Aviso: Discussão do Caso Roberto

Será uma aula fundamental para entedermos a diferença do autista para o psicótico. Será ministrada na 2.10 das 14:00 às 16:30 pelo eminente professor Dr. Galvão.
Na Faculdade de Medicina.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Discussão do Caso Dick

Quarta-feira das 10 às 12 da manhã na 2.10 FCM
Realização
CEP. HUGV
Coordenação de Ensino e Pesquisa
Contato: 3305 -4782
Investimentos
R$ 120,00 (ou R$ 20,00/aula): Estudante
R$ 240 (R 40,00 aula): Profissional
Emissão de Certificados com 75% de presença.
Informações
Marcelo Luna 82401089
Blog: psicanálise-na-cultura.blogspot.com
psicanalisesintoma.blogspot.com
Apoio
Fabiane Aguiar, Paulo Almeida, Cláudia Santos e Astrid Caminha

     Rua Lauro Calvacante, 250, Centro.
Fone: 3232 -1373

Manoel Dias Galvão
§ Professor de Psicologia  Médica e Psiquiatria da F.C.S;

§ Idealizador dos projetos “Psicanálise na cultura” a “A criança como desafio”;

§ Autor de livros: “Como funciona a Psicanálise” e “História da medicina na cidade de Manaus”;

§ Autor de vários artigos publicados em revistas da UFAM.


§ Dr. Galvão já realizou cerca de 100 cursos sobre a temática psicanalítica.


§ Realiza um programa semanal na TV UFAM.      

Programação
Aula 1: Abertura do Caso Dick
Aula 2: Discussão do Caso
Aula 3: Diagnóstico e Tratamento

Objetivos
Discussão sobre o Diagnóstico de Lacan e Melaine Klein
 Diagnóstico e Tratamento do Autismo
Bibliografia
LACAN, Jacques. Os escritos técnicos de Freud. Zahar Editor
JACQUES, Alain MILLER, Jacob. Perspectivas do Seminário 23 de Lacan: O sintoma. Zahir Editora

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Os Escritos Técnicos de Freud

 

Realização
CEP. HUGV
Coordenação de Ensino e Pesquisa
Contato: 3305 -4782
Investimentos
R$ 120,00 (ou R$ 20,00/aula): Estudante
R$ 240 (R 40,00 aula): Profissional
Emissão de Certificados com 75% de presença.
Informações
Marcelo Luna 82401089
Blog: psicanálise-na-cultura.blogspot.com
psicanalisesintoma.blogspot.com
Apoio
Fabiane Aguiar, Paulo Almeida, Cláudia Santos e Astrid Caminha

     Rua Lauro Calvacante, 250, Centro.
Fone: 3232 -1373

Manoel Dias Galvão
§ Professor de Psicologia  Médica e Psiquiatria da F.C.S;

§ Idealizador dos projetos “Psicanálise na cultura” a “A criança como desafio”;

§ Autor de livros: “Como funciona a Psicanálise” e “História da medicina na cidade de Manaus”;

§ Autor de vários artigos publicados em revistas da UFAM.


§ Dr. Galvão já realizou cerca de 100 cursos sobre a temática psicanalítica.


§ Realiza um programa semanal na TV UFAM.      

Frontispício
“Reflitam um instantinho sobre o real. É porque a palavra elefante existe na sua língua, e porque o elefante entra assim nas suas deliberações, que os homens puderam tomar em relação aos elefantes, antes mesmo de tocá-los, resoluções muito mais decisivas para esses paquidermes do que o que quer que lhes tenha acontecido na sua história – a travessia de um ri ou a esterilização natural de uma floresta. Só com uma palavra elefante e a maneira pela qual os homens a usam, acontecem, aos elefantes, coisas, favoráveis ou desfavoráveis, fastas ou nefastas – de qualquer maneira, catastróficas – antes mesmo que se tenha começado a levantar a direção a eles um arco ou um fuzil.” P.206 (LACAN,J.)


Programação
Parte II
1ͣ Aula: Sobre o Narcisismo
2ͣ Aula: A Báscula do Desejo
  Aula: O Núcleo do Recalque
4ͣ Aula: Os Impasses de Michaël Balint
5ͣ Aula: A Função Criativa da Palavra
6ͣ Aula: O Conceito de Análise

Objetivos
1. Reintroduzir o registro do sentido
2. Introduzir o problema do ego e da palavra
3. Expor o caso de Roberto para abrir questões
4. Introduzir a questão dos dois narcisismos
5. Enfatizar a maneira pela qual o plano simbólico se liga ao imaginário
6. Afirmar e justificar que não há os escritos técnicos de Freud
7. Rediscutir a fórmula de Freud: “Lá onde isso estava, o eu deve estar”
8. Criticar o uso do termo associação “livre”
12. Discutir o conceito de análise
13. Considerar a noção do sujeito
14. A Significação da Palavra
15. Refletir sobre o Real
Desenvolvimento
“Pensar é substituir aos elefantes a palavra elefante, e ao sol um círculo. Vocês se dão bem conta de que entre essa coisa que é fenomenologicamente o sol – centro do que ocorre no mundo das aparências, unidade da luz – e um círculo, há um abismo. E mesmo se o franquearmos, que progresso há sobre a inteligência animal? Nenhum.
 Porque o sol enquanto é designado por um círculo não vale nada. Só vale na medida em que esse circulo é colocado em relação com outras formalizações, que constituem, com ele, o todo simbólico no qual tem seu lugar, no centro do mundo, por exemplo, ou na periferia, pouco importa. O símbolo só vale se se organiza num mundo de símbolos.” P. 256 e 257 (LACAN,J.)
Bibliografia
AGOSTINHO, Santos. De magitro. Santo Agostinho. Editora Vozes.
HARARI, Roberto. Discorrer a psicanálise. Artes Médicas.
LACAN, Jacques. Os escritos técnicos de Freud. Zahar Editor
FREUD, Sigmund. Introdução ao Narcisismo. Imago Editora
FREUD, Sigmund. O homem dos lobos. Imago Editora.
FREUD, Sigmund. A Psicologia das Massas e a Análise do ego. Imago Editora.
DELEUZE, Gilles, GUATTARI, Félix. O Anti-édipo. 34 Editora.
JACQUES, Alain MILLER, Jacob. Perspectivas do Seminário 23 de Lacan: O sintoma. Zahir Editora.